terça-feira, 26 de março de 2013

O Nordeste do Brasil e o Histórico das Grandes Secas.


A exploração Politica , a Industria das Secas     e   a falta    de sensibilidade social tem sido a grande mazela, deste fenômeno Climático. 


Introdução


Ao contrário do que muitos pensam, a seca não atinge toda região nordeste. Ela se concentra numa área conhecida como Polígono das Secas. Esta área envolve parte de oito estados nordestinos (Alagoas, Bahia, Ceará, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe) e parte do norte de Minas Gerais

Problemas identificados

O governo do Brasil, muitas vezes tentou combater os efeitos das secas incentivando e construindo grandes açudes, (Exemplo típico o Açude de Orós), a perfuração de poços tubulares, a construção de cacimbas, e a criação das chamadas "frentes de trabalho".

Estas atitudes têm sido paliativas, pois movimentam capital, geram sub-empregos e evitam, de certa forma, a migração e o êxodo rural. Porém, a corrupção, o coronelismo e a chamada indústria da seca, têm impossibilitado a resolução definitiva do problema a ser dada não somente com sobreposição de rios e construção de canais para a perenização dos cursos de água, irrigação e fixação do nordestino em seu território, mas também incrementando a democracia, a participação política e a mobilidade social.

Causas da Seca


As principais causas da seca do nordeste são naturais. A região está localizada numa área em que as chuvas ocorrem poucas vezes durante o ano. Esta área recebe pouca influência de massas de ar úmidas e frias vindas do sul. Logo, permanece durante muito tempo, no sertão nordestino, uma massa de ar quente e seca, não gerando precipitações pluviométricas (chuvas).

O desmatamento na região da Zona da Mata também contribui para o aumento da temperatura na região do sertão nordestino.

DESENVOLVIMENTO AMPLIADO

O fenômeno das secas no Brasil se dá por causas naturais, uma região que apresenta alta variabilidade climática, ocorrendo quando a chamada zona de convergência intertropical (ZCIT) não consegue se deslocar até a região Nordeste no período verão-outono no Hemisfério Sul, sobretudo nos períodos de El Niño.

A ZCIT apresenta um movimento meridional sazonal, com uma posição média anual junto à latitude 5 graus Norte.

Desde 1605, a região já enfrentou dezenas de períodos de seca.

Alguns de gravidade tão elevada que geraram aceleração do êxodo rural para outras regiões.

A seca não é somente um fenómeno ambiental com consequências negativas, mas um fenómeno de dimensões econômicas, sociais e políticas secularmente presente na vida da população do NE brasileiro.

Trata-se de um problema de distribuição dos recursos naturais, sobretudo da água.

A seca permite uma medida do quanto a água e a terra encontram-se pouco disponíveis para a porção mais pobre da população rural nordestina.

A região não é desértica, como se poderia pensar numa primeira abordagem, mas apresenta um clima semiárido. A precipitação anual em Paris (França) é similar em sua quantidade à precipitação sobre partes do Nordeste.

Mas é claro que a distribuição da precipitação e a quantidade de evapotranspiração são diferentes entre essas regiões.

No NE a distribuição da precipitação apresenta-se altamente variável de um ano para outro (associada ao fenómeno de variabilidade climática). Por outro lado a evapotranspiração potencial no NE também é relativamente maior devido a maior incidência de radiação solar.

Assim, a seca nordestina do Brasil é um problema bastante complexo. Ao longo da história brasileira a manutenção das regras sociais, do status quo da elite dominante (oligarquia nordestina) jogou contra uma democratização e distribuição dos recursos ambientais, assim estabelecendo os limites da ação das classes sociais, subordinando uma à outra diretamente.

Características da região


- Baixo índice pluviométrico anual (pouca chuva);
- Baixa umidade;
- Clima semi-árido;
- Solo seco e rachado;
- Vegetação com presença de arbustos com galhos retorcidos e poucas folhas (caatinga);
- Temperaturas elevadas em grande parte do ano

Avaliação da tendência de secas e estiagens no NE brasileiro

> Variabilidade climática no NE brasileiro

> Tendência climática em áreas de seca

> Tendência sazonal e anual em áreas de alta variabilidade climática

> Efeitos do El Niño, La Niña e dos períodos neutros

> Métodos estatísticos e as suas limitações dos periodogramas

> Análise de quantis e sua aplicação à tendência climática

> Aplicação da climatologia física (efeitos das flutuações das circulações globais da atmosfera, da temperatura da superfície do mar, TSM, da posição da Zona de Convergência Inter-tropical, ZCIT, dos dipolos da TSM do Atlântico Norte e Sul, dos Bloqueios associados à posição do Jato de Altos Níveis, JAN, atmosféricos, da presença de Baixas Fechadas de Altitude sobre o Nordeste Brasileiro, etc)

Cronologia das secas ( 1583 / 2012 )


1583/1585 - Primeira notícia sobre seca, relatada pelo padre Fernão Cardin, que atravessou o sertão da Bahia em direção a Pernambuco. Relata que houve "uma grande seca e esterilidade na província e que 5 mil índios foram obrigados a fugir do sertão pela fome, socorrendo-se aos brancos". As fazendas de canaviais e mandioca deixaram de produzir.
1606 - Nova seca atinge o Nordeste.

1615 - Seca sem grande repercussão/ efeito.

1652 - Seca atinge o Nordeste.

1692/1693 - Uma grande seca atinge o sertão. A peste assola a capitania de Pernambuco. Segundo o historiador Frei Vicente do Salvador, os indígenas, foragidos pelas serras, reuniram-se em numerosos grupos e avançaram sobre as fazendas das ribeiras, destruindo tudo.

1709/1711 - Grande seca atinge o Nordeste, estendendo-se até a Capitania do Maranhão, espalhando fome entre seus habitantes.

1720/1721 - Seca alarmante nas províncias do Ceará e do Rio Grande do Norte.

1723/1727 - Grande seca, fazendo dos engenhos verdadeiras ruínas. Irineu Pinto relata que os fiscais da Câmara pediram a El-Rey que mandasse escravos, pois os da região haviam morrido de fome.

1736/1737 - Outra seca no nordeste causa prejuízos à região.

1744/1745 - Seca provoca morte do gado e fome entre a população. Alguns historiadores afirmam que crianças que já andavam, devido à desnutrição, voltaram a engatinhar.

1748/1751 - Grande seca atinge a região.

1776/1778 - Uma das mais agravantes, pela falta de chuva e por coincidir com um surto de varíola, iniciado no ano anterior e que se prolongaria até 1778, provocando um alto índice de mortalidade. Quase todo o gado ficou perdido na caatinga. A Corte Portuguesa determinou que os flagelados fossem reunidos em povoações nas margens dos rios, repartindo-se entre elas as terras adjacentes.

1782 - Foi realizado um censo para determinar a população de áreas sujeitas a estiagens, cujo resultado apontou 137.688 habitantes.

1790/1793 - Seca transformou homens, mulheres e crianças em pedintes. Foi criada a Pia Sociedade Agrícola, primeira organização de caráter administrativo, cujo objetivo era dar assistência aos flagelados.

1808/1809 - Seca parcial atinge Pernambuco, na região do São Francisco, onde 500 morreram por falta de comida.

1824/1825 - Aliada à varíola, grande seca gerou muitas mortes na região nordestina. Os campos ficaram esterilizados e a fome chegou até os engenhos de cana-de-açúcar.

1831 - A Regência Trina autorizou a abertura de fontes artesianas profundas, na tentativa de resolver o problema da falta de água.

1833/1835 - Grande seca atinge Pernambuco.

1844/1846 - Seca de grande proporção provocou morte do gado e espalhou fome entre os nordestinos. Um saco de farinha de mandioca era trocado por ouro ou prata.

1877/1879 - Uma das mais graves secas que atingiram todo o Nordeste. O Ceará, por exemplo, tinha na época uma população de 800 mil habitantes. Destes, 120 mil (ou 15%) migraram para a Amazônia e 68 mil pessoas foram para outros estados.

1888/1889 - Grande seca atinge Pernambuco e Paraíba, deixando lavouras destruídas e vilas abandonadas.

1898/1900 - Outra grande seca atinge somente o Estado de Pernambuco.

1903/1904 – Vítimas da seca, milhares de nordestinos abandonam a região. Passou a constar na Lei de Orçamento da República uma parcela destinada às obras contra as secas. Criou-se três comissões para analisar o problema das secas nordestinas.

1908/1909 - Seca atinge principalmente o sertão de Pernambuco. Em 1909 foi criada a Inspetoria de Obras Contra as Secas (IOCS).

1910 - Foram instaladas 124 estações pluviométricas no semi-árido nordestino. Até então, haviam sido construídos 2.311 açudes particulares na Paraíba e 1.086 no Rio Grande do Norte.

1914/1915 - Seca intensa em toda região semi-árida nordestina.

1919/1921 - Em conseqüência dos efeitos dessa seca (que teve grandes proporções, sobretudo no sertão pernambucano), cresceu o êxodo rural no Nordeste. A imprensa, a opinião pública e o Congresso Nacional exigiram a atuação do governo. Foi criada, em 1920, a Caixa Especial de Obras de Irrigação de Terras Cultiváveis do Nordeste Brasileiro, mantida com 2% da receita tributária anual da União, além de outros recursos. Mas efetivamente, nada foi feito para amenizar o drama das secas.

1932 - Grande seca no Nordeste.

1945 - Mais uma seca atinge o Nordeste. Foi criado o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) que passou a desempenhar as tarefas antes atribuídas à Inspetoria Federal de Obras Contra as Secas, criada em 1919.

1951/1953 - Grande seca atinge todo o Nordeste.
1953 - Outra grande seca no Nordeste. O DNOCS propôs um trabalho de educação entre os agricultores, com o objetivo de criar núcleos de irrigação.

1966 - Seca atinge parcialmente o Nordeste.

1970 - Grande seca atinge todo o Nordeste, deixando como única alternativa para 1,8 milhões de pessoas o engajamento nas chamadas "frentes de emergência", mantidas pelo governo federal.

1979/1984 - A mais prolongada e abrangente seca da história do Nordeste. Atingiu toda a região, deixando um rastro de miséria e fome em todos os Estados. No período, não se colheu lavoura nenhuma numa área de quase 1,5 milhões de km2. Só no Ceará foi registrada mais de uma centena de saques, quando legiões de trabalhadores famintos invadiram cidades e arrancaram alimentos à força em feiras-livres ou armazéns.
Segundo dados da Sudene, entre 1979/1984, morreram na região 3,5 milhões de pessoas, a maioria crianças, por fome e enfermidades derivadas da desnutrição. Pesquisa da Unesco apontou que 62% das crianças nordestinas, de 0 a 5 anos, na zona rural, viviam em estado de desnutrição aguda.
Os séculos se passaram e o cenário da seca continua o mesmo.

1993 - Grande seca atinge todos os estados do Nordeste e parte da região norte de Minas Gerais. Só no nordeste, de acordo com dados da Sudene, um total de 1.857.655 trabalhadores rurais que perderam suas lavouras foram alistados nas chamadas "frentes de emergência". Pernambuco foi o estado que teve o segundo maior número de agricultores alistados nessas frentes, com 334.765 pessoas, perdendo apenas para a Bahia (369 mil trabalhadores alistados).
As perdas de safras foram totais, em todos os Estados Nordestinos.

1998 - No final do mês de abril, vêm agressivamente, mais uma vez, os efeitos de uma nova seca no Nordeste: população faminta promovendo saques a depósitos de alimentos e feiras livres, animais morrendo e lavouras perdidas. Com exceção do Maranhão, todos os outros estados do Nordeste foram atingidos, numa totalidade de cerca de 5 milhões de pessoas afetadas. Esta seca estava prevista há mais de um ano, em decorrência do fenômeno El Niño, mas, como das vezes anteriores, nada foi feito para amenizar os efeitos da catástrofe.

2001 - Praticamente um prolongamento da seca iniciada em 1998 (que se estendeu por 1999 e apenas amenizou-se em 2000). A seca de 2001teve uma particularidade em relação às anteriores: ocorreu no momento em que não só o Nordeste, mas todo o Brasil vivia uma crise de energia elétrica sem precedentes em todo a história do País, provocada por falta de investimentos no setor e pela escassez de chuvas. Daí, o nordestino desabafou: "Agora é sem água e sem luz!"

2012 - O Nordeste tem a pior seca dos últimos 30 anos, desimano quase por completo a Pecuária e Agricultura familiar. A terra sem verde, os rios sem água e os animais magros ou mortos pelos pastos do sertão. Em algumas regiões do semi-árido nordestino não caiu nenhuma gota d'água em 2012.





Norte do estado tem longo histórico de secas rigorosasAs piores secas piores registradas no semiárido mineiro e no Nordeste brasileiro ocorreram em 1939, 1975/1976, 1996/1997, 2007/2008.


Publicação: 20/05/2012 07:44 Atualização: 20/05/2012 08:50

Ana ribeiro precisa fazer várias viagens para matar a sede (Jackson Romanelli/EM/DA Press)
Ana ribeiro precisa fazer várias viagens para matar a sede
Dados da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG) e registros históricos indicam que as piores secas piores registradas no semiárido mineiro e no Nordeste brasileiro ocorreram em 1939, 1975/1976, 1996/1997, 2007/2008. Aos 90 anos, Domingos Jacinto de Oliveira, pequeno agricultor da localidade de Canafístula, no município de Porteirinha, conta que sobreviveu a todas elas. “Na seca de 1939 eu ainda era muito novo, e lembro pouca coisa. Só sei que o povo sofreu muito. Das outras, lembro tudo. E a deste ano é a pior de todas. Chuva mesmo só caiu até o começo de janeiro. De lá para cá, não choveu quase nada”, lamenta seu Domingos. Assim como os vizinhos, a família dele usa a água de um caminhão-pipa, que só aparece na localidade de 20 em 20 dias. Para manter os animais, a comunidade recorre a um poço tubular cuja vazão diminui a cada dia.

O rigor da estiagem considerada pelos moradores mais antigos como a pior da história também assusta o pequeno produtor Geraldo Luiz do Nascimento, de 66 anos, da localidade de Teú/Barreiro, no município de Espinosa. “Nas secas dos outros anos, salvava alguma coisa. Desta vez não sobrou nada”, conta Geraldo, que tenta alimentar sua cabrinha com a palha seca do que restou da roça de milho de dois hectares em seu torrão, que não vingou. O Rio Galheiros e outros córregos na região estão completamente vazios desde o ano passado. Por isso, quando o caminhão-pipa demora, a comunidade é obrigada a recorrer à água salobra captada em um poço tubular. llva Rodrigues Nascimento, de 35, recorre a uma carroça para carregar água por uma distância de 400 metros. “É a primeira vez que vivo uma situação dessa”, diz Ilva, que usa o que consegue captar para lavar roupa.

Mas a situação dela não é das piores. Alguns moradores da mesma comunidade têm de recorrer à velha lata d’água na cabeça, como faz Ana Senhora Ribeiro, de 42 . “Muitas vezes, uso essa água para cozinhar. Mas é ruim demais”, lamenta ela, que precisa andar 300 metros várias vezes por dia para apanhar água.

De acordo com o escritório local da Emater, de outubro a março, foi registrada em Espinosa precipitação de 423 milímetros. “A chuva não deu para encher nenhum rio do município e as perdas nas lavouras milho e feijão foram superiores a 70%”, relata Jorge Murilo Tolentino, técnico da empresa estadual no município.

O Verde Pequeno desapareceu


A grande preocupação das autoridades locais é que a barragem de Estreito (Rio Verde Pequeno), que abastece a cidade, está com apenas 20% de sua capacidade. Abaixo da barragem, o leito está completamente seco, como se verifica na localidade de Alagadiço 2. “Antigamente, corria muita água nesse rio. De uns tempos prá cá secou de vez”, conta o agricultor Cícero Nunes dos Reis, de 45, mostrando um local onde foi erguida uma velha “pinguela” para travessia do local onde hoje só há o leito vazio.

Com os leitos cortados, gente como Maria Aparecida Pimentel da Silva de Assis, de 44, uma das lutadoras da comunidade de Roça Velha, também na zona rural de Espinosa, tem de acumular tambores de plástico e o que mais possa guardar água para a família. Para consumo dos três filhos, ela conta com o pouco que é entregue pelo caminhão-pipa. Para cuidar dos animais, o marido dela, Urbano Rodrigues de Assis, de 48, precisa buscar água em carro de boi, em um poço tubular a quase um quilômetro de casa.

Enquanto isso...


...nordeste é castigado

No Nordeste do país, a estiagem também é considerada uma das piores da história. O vizinho estado da Bahia, por exemplo, está sem chuva há mais de cinco meses e quase 240 municípios já decretaram estado de emergência. Mais de 2,7 milhões de pessoas já foram afetadas apenas no estado. E o problema avança pela região. No Piauí, as perdas na lavoura ultrapassam 80%, e 112 municípios decretaram situação de emergência. Em Alagoas são 33 prefeituras nessa condição. Em Pernambuco, 97 municípios enfrentam a mesma situação e mais de 1 milhão de pessoas foram afetadas.

As piores secas da história

1939 - De acordo com registros históricos, em 1939 uma grande seca atingiu todo o Nordeste brasileiro, o Norte de Minas e o Vale do Jequitinhonha, espalhando fome e desespero, com milhares de pessoas deixando as regiões atingidas em direção aos grandes centros.


1975/1976 - Tida como uma das mais severas estiagens que atingiram o Norte de Minas. Foi um longo período sem chuvas, que, na maioria dos municípios, não passaram de 500 milímetros na estação das águas (outubro a março). A estiagem durou em torno de 10 meses, provocando perda de quase 100% das lavouras.


1996/1997 - Uma grande seca abrangeu além do Norte de Minas todo o Vale do Jequitinhonha. As perdas nas lavouras foram de aproximadamente 100%. Longo período de estiagem, com chuvas acumuladas abaixo dos 500 milímetros no período chuvoso (outubro a março).


2007/2008 - O período seco também foi antecipado e a demora para o início das chuvas acarretou esgotamento das pastagens e das reservas alimentares. A pecuária foi o setor mais atingido e os produtores foram forçados a se desfazer de parte do rebanho. Foi registrada uma redução no rebanho bovino da região de aproximadamente 300 mil cabeças, devido a morte dos animais e vendas a baixo preç




Foto: Oh! Deus, perdoe este pobre coitado,que de joelhos rezou um bocado pedindo pra chuva cair sem parar ♪

Nenhum comentário:

Postar um comentário