terça-feira, 2 de abril de 2013

Sem atitude concreta do Governo, rebanho do RN é dezimado, salve-se quem puder.



Seca que atinge o Nordeste eleva custo do alimento do gado

Sem pasto, produção leiteira sofre queda significativa.
Em Pernambuco, o preço da cana-de-açúcar disparou.

Do Globo Rural
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Nas estradas da bacia leiteira, no agreste de Pernambuco, caminhões passam lotados de cana-de-açúcar. Sem pasto e sem nada para colher nas plantações, o alimento para o rebanho vem de longe, a mais de 200 quilômetros de distância.
As vacas devoram a cana com palha e tudo. Matar a fome do pequeno rebanho está cada vez mais difícil.
Neste período de extrema escassez por causa da seca, a cana movimenta um comércio lucrativo, na entrada do município de Venturosa. Desespero para os pequenos pecuaristas, lucro para os atravessadores.
Quanto maior é a necessidade, mais caro é o preço do alimento para o gado. Um caminhão carregado de cana que há 3 meses custava R$ 800, R$ 900, hoje é vendido por até R$ 1.500.
O preço é ainda maior para o bagaço da cana, também usado em tempos difíceis como alimento para os animais. O carregamento custa R$ 2.200.
Venturosa é o município que mais produz queijo na bacia leiteira de Pernambuco. São 12 laticínios registrados e pelo menos 50 em pequenos sítios. A produção despencou e o problema começa na entrega da matéria-prima. O leite está cada vez mais escasso.
Uma fábrica de queijo que processava 18 mil litros de leite por dia, agora só está recebendo 7.500 litros. Para não demitir os funcionários, o empresário está buscando leite em outros estados.
Para não ficar sem leite, o dono de outro laticínio passou a comprar cana para os animais dos pequenos fornecedores. Cerca de 100 pequenos pecuaristas vão buscar a cana moída para dar para o gado.
De acordo com o Sindicato dos Produtores de Leite de Pernambuco, a produção em todo o estado caiu de 2,3 mil litros por dia para 900 mil.




Ezequiel quer distribuição forragens para que rebanho do RN não continue morrendo





Na sessão desta quarta-feira (27), o deputado Ezequiel Ferreira fez críticas à distribuição de forragens que o Governo do Estado realizou no final do ano passado e em alguns pontos, no início deste ano. “A medida não é eficaz, já que além de não contemplar todos os pequenos criadores do Estado, a quantidade de forragem entregue a cada criador, não dar para amenizar a fome do rebanho sequer por dois dias, segundo entidades que defendem o setor”, argumentou.
Ezequiel mostrou que as ações até agora realizadas não resolveram os problemas dos criadores. “Precisamos criar mecanismos e resolver o problema da perda do rebanho no Rio Grande do Norte, com medidas mais eficazes. O Governo precisa criar uma solução para esses criadores de até 10 cabeças de gado bovino ou de até 35 cabeças de ovinos e caprinos. O RN tem cerca de 100 mil produtores rurais, que quando a seca se configurou, possuíam um rebanho bovino de 950 mil cabeças. Dados preliminares fornecidos pela Federação da Agricultura do Rio Grande do Norte apontam para uma redução da ordem de 30%, pouco mais de 300 mil cabeças”, comentou.
O deputado defendeu uma urgência na aquisição de forragens, que sejam suficientes para que os criadores possam salvar seus rebanhos. “Os produtores estão endividados e não têm recursos para alimentar seus rebanhos. Espero uma ação mais eficaz por parte do Governo do Estado, no sentido de adquirir com urgência, a forragem para combater a perda do rebanho”, frisou.


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